23 de fevereiro de 2010

Lusa


Os portugueses não atribuem a devida importância à relação entre actividade física, peso corporal e a saúde, revela um estudo da Faculdade de Ciências da Nutrição da Universidade do Porto, a que a Agência Lusa teve esta sexta-feira acesso.
«Apesar de identificarem numerosos benefícios na prática de exercício físico, os portugueses parecem desconhecer que um estilo de vida activo não requer um regime vigoroso de programas de exercício», afirmou Cláudia Afonso, uma das autoras do estudo.
O trabalho, intitulado "Saúde, Actividade Física e Peso Corporal: contributo para o seu conhecimento numa população adulta portuguesa", venceu o I Prémio Nestlé de Nutrição/2001, que será entregue numa cerimónia a realizar sábado na Fundação de Serralves, Porto.
Para a elaboração deste estudo foram entrevistados 1.007 pessoas com idade superior a 14 anos, sendo a amostra considerada representativa da população portuguesa em termos de idade, sexo, classe social, ocupação e região de residência.
«Estão hoje bem identificados os diversos factores de risco das principais doenças crónico-degenerativas, entre os quais se destacam o sedentarismo e a malnutrição por excesso e desequilíbrio», salientou Cláudia Afonso.
Nesse sentido, o estudo agora divulgado resulta da importância de «qualquer intervenção ser baseada no conhecimento das populações a que se destina».
As conclusões revelam que os portugueses consideram como principais factores influenciadores da saúde a alimentação (60 por cento), os hábitos tabágicos (26 pc) e o stress (21 pc), não atribuindo grande importância à relação entre a actividade física, o peso corporal e a saúde.
«O estudo indica uma necessidade de intervenção para reverter a crescente prevalência do excesso de peso, que é um dos principais problemas em saúde pública cujas consequências são inúmeras e cada vez mais evidentes», afirmou Cláudia Afonso.
Os dados do estudo revelam que 49 por cento dos portugueses têm um peso adequado, mas 42 por cento têm excesso de peso, dos quais nove por cento são considerados obesos. Os restantes nove por cento têm peso abaixo do normal.
«Os principais factores identificados como influenciadores do aumento do peso corporal relacionam-se com a alimentação em geral (34 por cento), sendo a actividade física identificada apenas por 11 por cento dos inquiridos», salientou a investigadora.
A falta de atenção à relação entre actividade física, peso corporal e saúde também originou que apenas 13 por cento dos inquiridos afirmassem utilizar o exercício físico como método para perder peso.
Segundo Cláudia Afonso, as mulheres, os idosos e as classes sociais mais desprotegidas são os que correm mais riscos nesta área por serem que os mostraram menor conhecimento da importância da relação entre actividade física, peso e saúde.

Um comentário:

  1. Olá alunos! Gostei muito do vosso blogue. Continuem a trabalhar,ser persistente dá sempre bons resultados. Espero que o vosso trabalho ajude muitas adolescentes da nossa escola e de outros locais a superar um problema que só existe nas suas cabeças. A cura depende essencialmente delas mas tem que ser bem orientada e apoiada. Bom trabalho. A prof. de Biologia

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